segunda-feira, 25 de julho de 2011

Entenda o que é um surto psicótico

Bom, como falei aos meus amigos que não tive palavras para descrever o que houve e não tive competência para explicar nada, então recorri ao blog para tentar buscar na literatura algo que os faça entender ao menos.

Todos os dias, João vai com seu carrinho para a faculdade. O carro já está um tanto fragilizado, mas realiza o percurso com sucesso. Um dia, João decide subir a Serra com seu carrinho, porém a tarefa exige muito mais do automóvel do que ele estava acostumado, e por isso ele quebra.
Imagine agora que o carrinho do João não é mais um automóvel, mas a mente dele. A faculdade é a rotina de João. E a subida da Serra é uma situação nova, que exige muito mais da mente de João do que ele estava habituado. Assim como o carro quebrou, a mente de João pode entrar em colapso ao passar por circunstâncias que desestabilizem sua psique já comprometida. Este colapso seria o que comumente se conhece por surto psicótico.
Esta é a história de João, mas poderia ser a de qualquer pessoa. O surto psicótico não discrimina; atinge a todas idades, gêneros, etnias e grupos sociais. Embora a palavra 'surto' já tenha se tornado uma expressão de uso corriqueiro, poucas pessoas compreendem o que ela significa de fato. “O surto psicótico ocorre, basicamente, quando uma psique já fragilizada entra em colapso, ou seja, em completo desequilíbrio”, explica o psicólogo Edílson Pastore da Clínica Pinel.
Para os psicólogos, o surto não é algo isolado; um conjunto certo de critérios caracteriza uma crise psicótica. Delírios, alucinações, comportamento desorganizado e discurso desorganizado são sintomas obrigatórios. Para Pastore, devem estar presentes pelo menos dois destes para classificar o estado como um surto psicótico. O psicólogo também apresenta uma diferenciação entre delírios e alucinações, conceitos que são constantemente confundidos. “Delírios são alterações do pensamento que se caracterizam por idéias que não condizem com a realidade objetiva”, enquanto que “alucinações envolvem sempre algum órgão senso-perceptivo, como a audição, a visão, o tato, o olfato e a sinestesia (sensações internas). Elas não são invenções – a pessoa realmente está vendo, ouvindo ou sentindo aquilo”. Ou seja, o primeiro ocorre na mente e o segundo atinge os sentidos.
Do ponto de vista psiquiátrico, o surto psicóticos está relacionado a uma distorção dos neurotransmissores, ou seja, das substâncias químicas produzidas pelos neurônios e que são responsáveis pelo envio de informações a outras células. “O pensamento tem um curso e um conteúdo, quando o conteúdo do pensamento está desagregado, ele perde conexão com a realidade ou então ele distorce a realidade, ele passa a ser um sintoma de surto psicótico”, explica a psiquiatra Clarissa Severino Gama do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. A dopamina é considerada um neurotransmissor chave da teoria neuroquímica da esquizofrenia e das psicoses em geral. Além dela, há uma série de outros neurotransmissores envolvidos, porém os mecanismos destes ainda não são profundamente conhecidos, estando em fase de estudos, como o glutomato e a serotonina.
Subindo a Serra (As Causas)
Os motivos que levam a um surto psicótico são diversos e podem variar de pessoa para pessoa. O que é comum entre os surtos é o fato de serem “a gota d'água”, de acordo com o psicólogo Eduardo Xavier do Hospital Psiquiátrico São Pedro. A crise se origina em pessoas que já possuem uma certa fragilidade psicológica, ou seja, é algo que vai crescendo. Muitas vezes começa de forma incipiente e vai se intensificando até que finalmente leva a pessoa a surtar.
Psicoses como a esquizofrenia, abusos de drogas, crises de abstinência de substâncias e alguns transtornos afetivos como a bipolaridade (antigo transtorno maníaco-depressivo) são causas bastante comuns de surtos. Existem, porém circunstâncias pontuais que desencadeiam a crise em pessoas as quais aparentemente não seriam um alvo óbvio. Fatos marcantes, como a morte de um ente querido, distúrbios de estresse pós-traumático e mudanças de rotina abruptas podem levar uma pessoa a psicotizar.
Alguns surtos decorrem de causas orgânicas. “Traumatismo crânio-encefálicos, doenças como o lupus ou tumores cerebrais podem ser responsáveis por crises. Também pacientes com demências como senilidade, Alzheimer e Parkinson podem psicotizar, porque essas pessoas começam a ficar confusas, desorientadas, agitadas, não reconhecem mais a sua casa, a sua família, e isso pode ocasionar uma desorganização mais grave”, exemplifica Edílson Pastore.
Para a psiquiatra Clarissa Gama, a psicose tem um fundo neuroquímico bastante importante, embora o ambiente, o estresse, a existência de casos de psicose na família, as doenças que prejudiquem o funcionamento do cérebro são fatores que podem levar a uma crise.
No geral, os psiquiatras vêem o surto quase sempre como parte de uma doença objetiva. Já os psicólogos, acreditam que haja uma doença de base, exceto no caso de surtos induzidos pelo uso de drogas.
Os Carrinhos Frágeis (Grupos de Risco)
O surto pode atingir qualquer pessoa, sem distinção de idade, sexo e grupo social, basta que se tenha uma estrutura psíquica predisposta a isso. Existem, entretanto, grupos de risco, fases na vida em que há maiores chances de entrar em crise. O final da adolescência e o início da idade adulta são fases mais propícias porque certas doenças mentais irrompem tipicamente nesta idade, como a esquizofrenia cujos sintomas se manifestam (nos rapazes) entre os 15 e 20 anos. Nestas fases são típicas grandes mudanças na vida como ir morar sozinho, mudar de cidade, servir no quartel, começar a trabalhar. Nestes casos, se a pessoa é psicologicamente mais frágil, pode haver um surto psicótico.
O caso dos surtos em rapazes que vão servir no quartel é um exemplo recorrente entre os entrevistados. Eduardo Xavier explica: “o rapaz faz 18 anos e tem de entrar no quartel. O quartel é lugar de homem, lugar de 'macho', toda aquela questão de mostrar virtudes e coragem, de ser um entre tantos capaz de servir à pátria. São muitas significações que convocam a pessoa de uma maneira muito forte”. Se o rapaz é uma pessoa mais frágil, a mudança abrupta de rotina e de ambiente e, especialmente, o dia-a-dia- de um quartel, podem fazê-lo psicotizar.
Pessoas com retardo mental também podem surtar, de acordo com Pastore. “Elas tem pouco desenvolvida a capacidade de abstração e simbolização, e podem não conseguir se relacionar com grupos sociais e interpretar piadas e brincadeiras, o que os levam a se isolar e freqüentemente, entrar em crise”. Crianças e jovens submetidos a situações de muito estresse também são alvo de crises psicóticas.
Relação entre o surto e as drogas
Estudos estão sendo realizados para descobrir qual a relação das drogas com os surtos. Muitas pessoas não possuem nenhuma psicose, mas ao utilizarem drogas e outras substâncias psicoativas, iniciam uma crise psicótica induzida. As drogas desencadeiam comumente crises psicóticas são crack, cocaína e ácidos (incluindo o LSD). O álcool e a maconha têm menor relação com a decorrência de surtos. No caso do álcool, a crise só ocorre quando este é consumido em altas doses. A pessoa toma um “porre” e entra em agitação psicomotora, fica desorganizada, agressiva.
O surto induzido pode ocorrer em pessoas que nunca utilizaram a substância antes e estão experimentando-a pela primeira vez. “Nesses casos, normalmente a pessoa precisa já ter uma propensão à doença” lembra Edílson Pastore. A droga serve como desencadeante para a perturbação e os sintomas duram enquanto a droga estiver no organismo do indivíduo. Muitas vezes ela apenas inicia a primeira crise. Depois, a pessoa passa a ter surtos mesmo sem a utilização da droga. Eduardo Xavier destaca que as drogas têm o mesmo poder de ser a “porta” que permite o desencadeamento de uma crise assim como o Carnaval e a violência, “porque essas são situações que convidam as pessoas a usarem parte de suas mentes que elas não usam normalmente”.
Tratamento
“A primeira preocupação é com a segurança do paciente, ou seja, deve-se ajudar a pessoa a se sentir segura. Dizer 'olha, alguma coisa perturbou em ti, tem alguém contigo, tu está bem, pode dormir'”, aconselha o psicólogo Eduardo Xavier, o qual também acredita que, embora neste período de surto a pessoa possa falar muitas asneiras, coisas que não condizem com a realidade, é importante ouvir porque “o que emerge às vezes deste psiquismo alterado são coisas sem sentido, mas que mesmo assim precisam serem faladas, precisam serem ouvidas”. A medicação é essencial para o controle da crise. Os remédios antipsicóticos agem nas vias da dopamina. A risperidona, a clozapina, a olanzapina são os antipsicóticos mais utilizados. O haloperidol e o haldol, embora ainda sejam usados, estão perdendo espaço para os mais modernos porque têm alguns efeitos colaterais mais significativos como enrijecimento muscular, impregnação (enrijecimento brusco de algum membro) e salivação. “Os medicamentos modernos provocam sonolência e deixam a pessoa mais prostrada, mas são efeitos que não se comparam ao dos antipsicóticos mais antigos”, justifica Edílson Pastore. À medida que os sintomas vão desaparecendo, a medicação vai sendo retirada. No caso da crise psicótica ter sido induzida, não é necessária a medicação, bastando afastar a pessoa das drogas para que ela se reabilite. Hoje em dia, as internações são breves, somente enquanto durar a crise, cerca de dez ou quinze dias.
Após este primeiro momento, trabalhos em grupo e reuniões são acessórios para o tratamento, “o problema é que quando a pessoa está muito frágil, ela não agüenta coisas muito diferentes das dela”, afirma Eduardo Xavier, por isso nem sempre a pessoa surtada pode participar de grupos de apoio. “O mais importante são os remédios, pois o surto constituí também uma alteração bioquímica grave”, lembra o psicólogo Edílson Pastore.
As sessões de terapia são importantes para identificar se a crise está iniciando uma doença mental, como no caso da uma esquizofrenia ou de um transtorno afetivo (bipolar, obsessivo-compulsivo etc). Se for confirmada a hipótese, a pessoa precisará realizar o tratamento a vida inteira, pois nestes casos não há cura.
Se o surto tiver um causa específica, um evento, um acontecimento e se esta causa se extinguir, pode ser que a pessoa se recupere sozinha (por exemplo: um homem que entra em crise após a morte do filho). “Muitas vezes tudo que a pessoa precisa é de tempo para se recuperar da perturbação”, afirma Pastore, que também acredita na cura completa do surto, mas destaca que ela depende de fatores como a idade, as condições clínicas, a pessoa em si e o que causou o surto.
A História do Surto
é o século XVIII, as pessoas que tinham um sofrimento mental ficavam presas junto com assassinos, ladrões e estupradores. O médico francês Philippe Pinel, em 1792, tirou as correntes dos seus pacientes sendo o primeiro a perceber que havia diferença entre a perturbação mental e a criminalidade, ou seja, entre um louco e um bandido. Com isso, baniu tratamentos antigos tais como sangrias, vômitos, purgações e ventosas, preferindo terapias que incluíssem a aproximação e o contato amigável com o paciente, proporcionando-lhes, ainda, um programa de atividades ocupacionais, com tratamento digno e respeitoso. Pinel foi o primeiro a elaborar uma classificação para as doenças mentais, fato este que constituiu extraordinário avanço da psiquiatria.
O psicólogo Eduardo Xavier conta que, apesar de ter sido no final do século XVIII e início do XIX o lugar da colocação das doenças da alma como uma coisa que podia ser entendida, histórias se repetem todos os dias. “Na rede pública, muitas vezes os pacientes chegam com histórias de 'possuídos pelo diabo', 'encosto', 'bruxaria'. Este é um passo que as pessoas precisam dar, compreender que são coisas que acontecem, que não é uma vontade maligna de nenhum agente de outra espécie, mas sim que a pessoa precisa de ajuda, de apoio, precisa falar, se sentir assegurada, porque não está entendendo; depois de Freud, nós sabemos que mesmo aquilo que não faz sentido, carrega possibilidades de sentido. Hoje, psicólogos e psiquiatras são quem pode ajudar alguém a sair de uma situação que ela não entende através do diálogo”, diz Xavier.


...espero que todos tenham me desculpado , ou ao menos entendido!
OOoosss

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Mitos e Lendas da Fisioterapia - Exercício de apertar bolinha após um AVE

Olá pessoal,
Finalmente tomei coragem pra escrever um pouco sobre os mitos e lendas que envolvem a fisioterapia. Hoje vou falar de um tema praticamente onipresente no imaginário popular quando o assunto é AVE: As bolinhas de apertar.

Como tudo começou...
Há muito, muito tempo atrás, Lima Duarte interpretou um personagem chamado Dom Lázaro Venturini na novela Meu Bem, Meu Mal da Rede Globo. Em determinado momento da trama este personagem sofre um AVE, e ao longo dos capítulos seguintes, o seu processo de reabilitação se resumia aos cuidados prestados pela Dona Catifunda e aos exercícios de apertar uma bolinha macia.
Como podemos ver na reportagem abaixo, o mais fantástico nisso tudo é que de tanto apertar a bendita bolinha, Dom Lázaro voltou a ouvir, se movimentar e falar. Só não terminou a novela fazendo malabarismos na corda bamba porque o Lima Duarte tem medo de altura.
Infelizmente esta novela contribuiu na divulgação da falsa idéia de que uma pessoa com AVE deve ficar apertando bolinhas para recuperar os movimentos.
 
Agora falando sério
O grande problema de se entregar uma bolinha para uma pessoa que sofreu AVE ficar apertando é que este não é um exercício inofensivo. O AVE manifesta-se frequentemente por alterações do tônus e do controle motor voluntário. Nos membros superiores predomina o chamado padrão ou sinergia flexora, caracterizado por hipertonia dos principais grupamentos flexores gerando uma postura em adução e rotação interna do ombro, flexão do cotovelo, pronação do antebraço e flexão dos dedos.
De modo geral, este padrão permite ao paciente um certo controle sobre os músculos flexores (tanto que eles conseguem apertar a bolinha) porém existe grande dificuldade para conseguir abrir a mão, seja devido a espasticidade agindo como antagonista ao movimento extensor, seja por incapacidade de ativação dos músculos extensores.
Em ambos os casos, o fortalecimento dos músculos flexores de punho e dedos não contribui em nada para a recuperação do controle dos movimentos da mão. Na verdade, estes exercícios podem aumentar ainda mais a espasticidade e resultar em encurtamento muscular e deformidade da mão, dificultando a higiene, o posicionamento e a recuperação dos movimentos.

Portanto, considerem o mito de que apertar uma bolinha ajuda na recuperação de movimentos de uma pessoa com AVE como DETONADO.

Até a próxima
E não se esqueçam de pedir melão no café da manhã
 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Cuidados posturais e de estímulo à mobilidade no AVE agudo. - O essencial

Olá pessoal,
Após um longo período de ausência estou de volta. Passei os últimos dois meses muito ocupado combatendo as forças do mal intergalático e agora que já devolvi a paz ao Universo posso voltar a me dedicar a este blog.
Hoje vou postar tradução livre que fiz de um protocolo desenvolvido pelo Ministério da Saúde do Kwait para o tratamento hospitalar de pacientes hemiplégicos em fase aguda (para acessar o documento original clique AQUI). Trata-se de condutas extremamente simples, mas que fazem uma grande diferença para o paciente em fase aguda. Esta é a segunda vez que traduzo um protocolo do Kwait. O outro foi sobre Paralisia de Plexo Braquial e teve uma boa aceitação entre os leitores do blog. Espero que esta postagem também agrade e ajude colegas fisioterapeutas.

Metas de Intervenção Fisioterapêutica na Fase Aguda
Os objetivos a serem alcançados na fase hospitalar estão relacionados ao estimulo a mobilidade independente o mais cedo possível.

Os objetivos gerais de mobilidade
1 – Estimular o paciente a realizar o exercício de ponte na cama
2 – Ensinar o paciente a rolar na cama e realizar transferência de supino para sentado na borda da cama
3 –Estimular o controle de tronco na posição sentada.
4 – Estimular o paciente a realizar atividades de alcance em todas as direções.
5 – Facilitar a transferência da cama para a cadeira e de volta
6 – Estimular a deambulação com ou sem assistência, dispositivo e / ou ajuda externa

Prevenção de trauma e dor no ombro acometido
• Posicione adequadamente o membro superior do paciente.
• Evite segurar e tracionar o paciente pelo braço do lado afetado.
• Sempre apoiar o braço quando o paciente estiver sentado, quer na frente ou de lado em uma mesa alta.
• Estimule a movimentação ativa do membro superior para ganhar o controle motor.
• Incentive o paciente a realizar atividades bimanuais.

ATIVIDADES TERAPÊUTICAS:
 
#1 - Sentado no leito, com a cabeceira elevada e braços posicionados sobre mesa ou travesseiro.
Paciente é orientado a utilizar seu membro superior não afetado em atividades de acordo com seu interesse.


#2 - Sentado assistido na beira da cama, com braços apoiados na mesa e pés no solo ou degrau. Peça ao paciente para realizar qualquer atividade com o membro superior e inferior do lado não afetado. Lembre-se que enquanto ele relaiza atividades com o lado não afetado, ele realiza descarga de peso sobre o lado afetado, assim estimulando atividade no lado afetado.

#3 - Com o paciente sentado na beira da cama.Pratique atividades de alcance e descarga de peso sobre o lado afetado.







#4 - Atividades de mobilidade na cama. Realize atividades de ponte na cama. A estabilização dos membros inferiores pode ser feito pelo tornozelo ou pelos joelho.

#5 - Rolando na cama por sobre o lado não afetado. O braço do lado afetado pode ser posicionado sobre o peito e a perna do lado afetado posicionada com flexão de joelho. O paciente é orientado a trazer a cabeça e o membro afettado em diração ao lado oposto enquanto se empurra com o pé do lado não afetado.
OBS: Recomendo a complementação deste manuseio pela leitura do livro recomeçando outra vez da Autora Patrícia Davies

 
 
#6 - Transferência de Decúbito Dorsal para sentado na beira da cama

Inicie após o paciente conseguir ficar sentado no leito, com a cabeceira elevada a 80-90 graus. Solicite ao paciente a se virar para o lado não afetado e se sentar com as pernas para fora do leito. Recomendo a leitura da postagem sobre transferências no leito.
# 7 - Progressão de sentado para de pé
A progressão é realizada a partir de superfícies mais altas (mais fácil para o paciente passar de sentado para de pé) para superfícies mais baixas (mais difícil para o paciente).
Na figura abaixo a fisioterapeuta utiliza uma cinta no paciente de modo a deixá-lo com os membros superiores livres.

#8 - Caminhando ao redor do leito ou de uma maca
Com a terapeuta acompanhando o paciente por trás ou pelo lado afetado, deve-se praticar caminhadas em volta da cama do paciente de modo que ele possa usara mão do lado não afetado para apoiar-se na cama. Ele pode praticar andar para a frente, para os lados e para trás. O menor contato manual deverá ser utilizado até que o paciente aprenda a andar sozinho.
O uso de barras paralelas para o treino de marcha não é recomendado, pois as barras oferecem muito apoio passivo e o paciente pode acabar se tracionando ou apoiando demais sobre a mão do lado não afetado, o que atrapalharia a reaquisição de reações de equilíbrio e marcha independente.

#9 - Atividades de alcance em ortostatismo


O paciente é posicionado em frente a uma mesa e é desafiado a realizar atividade de alcance em várias direções. Enquanto pratica o alcance com o braço não afetado, a mão afetada é posicionada sobre a mesa realizando descarga de peso


Com o braço não afetado apoiado sobre uma mesa ou na parede, o paciente é orientado a pisar em um banquinho (8cm). A progressão pode ser feita solicitando ao paciente que pise no banquinho sem apoio. Uma progressão mais avançada pode ser feita aumentando-se a altura do banquinho

Assista a aulas do XV Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva

Olá Pessoas,
Deixo hoje um link gentilmente compartilhado pela Michele Xavier. Tratam-se dos videos de algumas mesas redondas que aconteceram no XV CBMI. O link para o site é: http://www.amib.org.br/conteudo.asp?cod_site=0&id_menu=231&men=231&keyword=Aulas_CBMI_2010

As aulas disponíveis são:

Mesa Redonda
MONITORIZANDO O PACIENTE COM SARA.
Link: http://www.plugmed.com.br/amib/01/amib01.htm
Moderadores: Dr. Guilherme Schettino (SP),Dr. Roberto Mario Clausi (PR)
Tema: Métodos de imagen
Palestrante: Dra. Carmem Silva Valente Barbas
Tema: Tomografia de impedância elétrica
Palestrante: Dr. Marcelo Amato (SP)
Tema: Capnografia volumétrica
Palestrante: Dr. Desanka Dragosavac (SP)
Tema: Disfunção de ventrículo direito
Palestrante: Dr. Alain Combes (FRA)

Mesa Redonda
VENTILAÇÃO PULMONAR MECÂNICA NEONATAL E PEDIÁTRICA
Link: http://www.plugmed.com.br/amib/01/amib02.htm
Moderadores: Dr. José Oliva Proença (SP); Dra. Debora Rodrigues N. Tessis(DF)
Tema: Novos modos de ventilação pulmonar em pediatria
Palestrantes: Dr. Werther Brunow de Carvalho
Tema: Suporte ventilatório convencional versus ECMO
Palestrantes: Dr. Giles Peek (ING)

Mesa Redonda: 
DESMAME DIFÍCIL
Link: http://www.plugmed.com.br/amib/01/amib12.htm
Moderadores:Dr. Francimar Ferrari (PE),Dr. José Aires de Araújo Neto (DF)
Tema: Preditores de sucesso X marcadores funcionais
Palestrantes: Dr. Fábio Amorim (DF)
Tema: Particularidades no desmame do cardiopata/VNI é a opção
Palestrantes: Dra. Mara Nasrala (MT)
Tema: Os novos modos de ventilação podem ajudar
Palestrantes: Dra. Carmen Valente Barbas (SP)
Tema: Músculo e desmame: prevenção de desuso e treinamento
Palestrantes: Dr. Cesar A. Melo e Silva

Mesa Redonda: ESTRATÉGIAS VENTILATÓRIAS NA SARA
ModeradoresDr. Carlos Ribeiro Carvalho (SP), Dr. Jorge Luis Valiatti (SP)
Tema: Suporte extracorpóreo na SARA
Palestrantes: Dr. Robert Bartlett (EUA)
Tema: Posição prona
Palestrantes: Dr. Gilles Peek (UK)
Tema: Quem se beneficia de manobras de recrutamento alveolar
Palestrantes: Dr. Felipe Saddy
Tema: A PEEP alta muda a mortalidade na SARA grave
Palestrantes: Dra. Carmen Silvia Barbas (SP)
Tema: O tipo de lesão pulmonar influencia no regime ventilatório
Palestrantes: Dr. Andres Esteban (ESP)

CONFERÊNCIA: A EVOLUÇÃO DO SUPORTE VENTILATÓRIO NA UTI
Presidentes:Dr. Fernando S. Dias (RS)
Tema: A evolução so suporte ventilatório na UTI
Conferentistas:Dr. Andrés Esteban (ESP)

ALOHA