quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Neurofisiologia Sensorial e Motora

Abordagem Sensorial - Circuitos Neuronais para Processamento de Informações

Os sentidos somáticos são mecanismos nervosos que coletam informações sensoriais, a partir do corpo. Esses sentidos diferem dos sentidos especiais, que compreendem especificamente, a visão, a audição, o olfato, a gustação e o equilíbrio. Estes últimos são trabalhados por receptores eletromagnéticos – detectam luz sobre a retina do olho; e quimioreceptores – detectam o gosto, o cheiro, nível de oxigênio no sangue arterial, concentração de dióxido de carbono e talvez outros fatores que constituem a química do corpo.

Os sentidos somáticos são classificados em três tipos fisiológicos:

- Mecanoceptivos: sensações de tato e posição pelo deslocamento mecânico do tecido corporal.
- Termoceptivos: detectam frio e calor.
- Nociceptivos: detecta lesão no tecido, dor.

Como é que dois tipos de receptores sensoriais detectam tipos diferentes de estímulos sensoriais? Pela “sensibilidade diferencial”, isto é, cada tipo de receptor é altamente sensível a um tipo de estímulo para qual foi desenvolvido e é quase insensível às intensidades normais dos outros tipos de estímulos sensoriais.

Detecção e Transmissão de Sensações Táteis:

São conhecidos pelo menos seis tipos de receptores táteis inteiramente diferentes, mas existem muitos outros semelhantes a estes.

* Terminações Nervosas Livres: encontradas em toda parte da pele e em muitos outros tecidos, detectam tato, pressão vertical e dor.

* Corpúsculo de Meissner: são pequenas cápsulas de tecido conjuntivo, elípticas, que envolvem uma terminação dendrítica espiralada, particularmente sensíveis ao tato fino e são abundantes nas papilas dérmicas da pele (dedos), na mucosa da língua e em outras regiões sensitivas. Adaptam-se em uma fração de segundo após terem sido estimulados, sensíveis a movimentos de objetos leves e vibração em baixa freqüência.

* Discos de Merkel: encontram-se agrupados num único órgão receptor em cúpula de Iggo, transmitem um sinal inicial forte, parcialmente adaptável e, depois, um sinal mais fraco, é responsável pela emissão de sinais contínuos que permite determinar um toque continuo de objetos na pele.

* Órgão Piloso terminal:
o menor movimento de qualquer pêlo do corpo estimula a fibra nervosa basal, detecta sobretudo o movimento de objetos sobre a superfície do corpo.

* Corpúsculos encapsulados de Ruffini: encontrados em tecidos profundos, sinalizam estados contínuos de deformação da pele e de tecidos, toque pesado e pressão lateral.

* Corpúsculos de Pacini: situados abaixo da pele quanto também profundamente nos tecidos das fáscias do corpo.Detectam vibração e pressão em alta freqüência.


O Córtex Sensorial Somático

 

Os sinais sensoriais de todas as modalidades de sensação terminam no córtex cerebral posterior ao sulco central. Geralmente, a metade anterior do lobo parietal está implicada quase inteiramente com recepção e interpretação dos sinais sensoriais somáticos e a metade posterior com níveis mais altos de interpretação.

Áreas Sensoriais Somáticas I e II:

Área sensorial somática I: localizada no giro pós-central, nas áreas de Brodmann, III, I e II. Esta é mais extensa e importante que a área sensorial II, Possui um alto grau de localização das diversas partes do corpo.

Área sensorial somática II: em contraste a localização é imprecisa, representa face anteriormente, os braços centralmente e as pernas posteriormente. Alguns sinais entram nesta área pelo tronco cerebral, por cima e provenientes de ambos os lados do corpo. Muitos sinais vêm secundariamente da área sensorial I, bem como de outras áreas sensoriais do cérebro, visuais e auditivas.

Algumas regiões do corpo são representadas por grandes áreas no córtex somático – os lábios têm a maior de todas, seguidos pela face e polegar – enquanto o tronco e a parte inferior do corpo são representados por áreas pequenas. O tamanho destas áreas é diretamente proporcional ao número de receptores sensoriais.

Funcionalmente, os neurônios do córtex sensorial somático estão dispostos em colunas verticais que se estendem através das seis camadas: molecular, granular externa, células piramidais externa, granular interna, piramidal interna e multiforme.

Áreas de associação sensorial somática: as áreas 5 e 7 de Brodmann, no córtex parietal atrás da área sensorial somática I, combinam informações a partir de múltiplos pontos na área sensorial somática primária para decifrar seu significado.

Sensações somáticas de Dor: Tipos de dor e suas características

A dor rápida é designada por outros nomes, como dor em pontada, alfinetada, aguda (não e sentida na maioria dos tecidos profundos) e elétrica. Estímulos dolorosos mecânicos e térmicos, pelas fibras mielinizadas, com velocidade de condução rápida – fibras A Delta, secretam glutamato, Feixe Neo-Espinotalâmica.

A dor lenta ou crônica está geralmente associada à destruição de tecidos. Pode levar a um sofrimento insuportável, prolongada, podendo ser provocada por estímulos dolorosos mecânicos, térmicos e químicos. Fibras amielinizadas, com velocidade de condução lenta – fibras C, secretam transmissor glutamato e substância P. Feixe Paleoespinotalâmica.


Vias Ascendentes - sensitivas:

1º- Via Fascículo Grácil e Cuneiforme:
Cuneiforme: Informações dos membros superiores e metade superior do tronco.
Grácil: Informações dos membros inferiores e metade inferior do tronco.
Informações: Propriocepção consciente (estereognosia, grafestesia, descriminação de dois pontos, palestesia, tato discriminativo, barestesia, barognosia ...)

2º- Via Espino-talâmica anterior: Conduz tato grosseiro e pressão cutânea.

3º- Via Espino-talâmica lateral: Conduz dor e temperatura.

4º- Via Espino-reticular:
Conduz dor difusa ou pouco discriminativa, abdominal.

5º- Via Espino-cerebelar posterior: Conduz propriocepção inconsciente

6º- Via Espino-cerebelar anterior: Conduz propriocepção inconsciente, mas detecta atividade do tracto córtico-espinhal.


Abordagem Motora – Funções Motoras da Medula Espinhal

Os sinais sensoriais entram na medula quase que inteiramente pelas raízes sensoriais posteriores. Depois de entrar na medula, um grupo de neurônios sobe com informações ao cerebelo e outro grupo de neurônios envia informações ao córtex cerebral.

Neurônios Motores Anteriores: Localizados em cada segmento na porção anterior da substância cinzenta, estes dão origem às fibras nervosas que abandonam a medula por meio das raízes anteriores e inervam as fibras musculares esqueléticas. Os neurônios são de dois tipos: motoneurônios alfa e gama.

Motoneurônio Alfa: originam grandes fibras nervosas do tipo A alfa, a estimulação de uma só fibra nervosa excita de três até várias centenas de fibras musculares esqueléticas, que são coletivamente chamadas de unidade motora. Ramo Alfa 1 – entrará em contato com as fibras intrafusais do músculo agonista contraindo-o, sinapse excitatória. Ramo Alfa 2 - recebe uma sinapse inibitória da célula de Renshaw, inibe o antagonista. Realiza força.

Motoneurônio Gama: esses neurônios transmitem impulsos por meio de fibras A gama, para pequenas fibras esqueléticas especiais, no fuso neuromuscular interagem com a região polar (poder de contração), manutenção do tônus.

Fuso Muscular: é um corpúsculo envolto por uma cápsula fibrosa, que lhe confere um aspecto fusiforme. No seu interior encontram-se fibras musculares finas, designadas fibras musculares intrafusais (dois tipos aglomerado nuclear e cadeia nuclear) e fibras musculares extrafusais.

1- A porção contrátil situa-se nas extremidades: região polar

2- A porção mediana equatorial, não é contrátil, possui diversas vesículas com NT.

O receptor do fuso neuromuscular pode ser excitado, como:

O alongamento de todo músculo irá esticar a porção mediana do fuso, portanto, excita o receptor. Mesmo se o comprimento do músculo por inteiro não se alterar, a contração das porções das extremidades das FIF, também irá esticar as porções medianas das fibras. Quando ocorre a contração muscular (à custa das fibras extrafusais), o fuso tende a encurta-se e, conseqüentemente, também as FIF.

Dois tipos de terminações sensoriais são encontradas na área receptora do fuso muscular:

- Terminação Primária ou Anuloespiral:
encontrasse enrolada em torno da porção central de cada fibra intrafusal, fibra do tipo Ia e transmite sinais sensoriais para medula espinhal com velocidade de 70 a 120 m/s.

- Terminação Secundária ou Buquê:
encontrasse enrolada em torno das fibras intrafusais na mesma maneira que as fibras Ia, estas são do tipo II.

O Córtex Motor

 
 

A porção do córtex anterior ao sulco central constitui a metade posterior do lobo frontal é devotada quase que inteiramente ao controle dos músculos e dos movimentos corporais. Os sinais motores são transmitidos do córtex para a medula espinhal pela via corticoespinhal e, indiretamente por múltiplas vias acessórias que compreendem os gânglios da base, cerebelo, e núcleos do tronco cerebral.

O Córtex motor é dividido adicionalmente em três subáreas, cada uma tendo sua representação de grupos musculares e funções motoras específicas do corpo:

* Córtex Motor Primário: localizado na primeira circunvolução dos lobos frontais, anterior ao sulco central, no giro pré-central. Área 4 na classificação de Brodmann. Compreende áreas musculares da face, boca, mão, braço, tronco, pés e pernas. Envia ordem para realização do movimento.

* Área pré-motora: localizada anteriormente às porções laterais do córtex motor primário, giro frontal superior e médio. Classificação área 6 de Brodmann, responsável pelo planejamento do movimento.

* Área Motora Suplementar: localizada superior à área pré-motora, situando-se sobre o sulco longitudinal, classificação área 6 de Brodmann. Quando as contrações são obtidas, são freqüentemente bilaterais, em vez de unilaterais. Esta área funciona em conjunto com a área pré-motora para provocar movimentos posturais.

Algumas áreas especializadas de controle motor:

- Área de Broca e a Fala;
- Campo dos Movimentos Oculares “voluntários”;
- Área de Rotação da Cabeça;
- Área para as Habilidades Manuais.

Cerebelo: Mesmo sem ter a capacidade direta de causar contração muscular, é um órgão muito importante, ajuda a sequenciar as atividades motoras e também monitorar, faz ajustes corretivos nas atividades motoras do corpo de modo que atendam aos sinais motores dirigidos pelo córtex motor e por outras partes do cérebro.

Papel do Tronco Cerebral no Controle da Função Motora:

1- Controle da respiração;
2- Controle do sistema cardiovascular;
3- Controle da função gastrintestinal;
4- Controle de muitos movimentos estereotipados do corpo;
5- Controle do equilíbrio;
6- Controle dos movimentos dos olhos.

Vias Descendentes – Motoras:

Vias Extrapiramidais:

1º- Vestíbulo-espinhal: Sofre influência do cerebelo, controla a portura do tônus e equilíbrio da cabeça.

2º- Retículo-espinhal: Sofre influência do cerebelo e córtex cerebral, controla o tônus em movimentos do esqueleto axial e proximal dos membros.

3º- Rubro Espinhal: Sofre influência do cerebelo e córtex cerebral, controla o tônus e os movimentos distais dos membros.

4º- Olivo-espinhal: Auxilia no controle do tônus corporal.

5º- Tecto-espinhal: Sofre influência do cerebelo e córtex cerebral, auxilia nos movimentos oculares em relação aos movimentos da cabeça e vice-versa.


Vias Piramidais:

1º- Córtico-nuclear: Controla os núcleos dos nervos cranianos motores ou das porções motoras.

2º- Córtico-espinhal: Principal via motora, após deixar o córtex este feixe passa através do ramo posterior da cápsula interna (entre o núcleo caudado e putâmen dos núcleos da base) e corre depois para baixo pelo tronco cerebral. A grande maioria das fibras piramidais cruzam nas pirâmides bulbares, então, para o lado oposto descem nos feixes corticoespinhais laterais da medula. Algumas das fibras não cruzam para o lado oposto do bulbo, mas descem ipisilateralmente ao longo da medula nos feixes corticoespinhais ventrais, mas muitas dessas fibras também cruzam para o lado oposto da medula na altura do pescoço ou na região torácica superior.


Integração dos Sistemas – Sensorial e Motor

As informações sensoriais são integradas em todos os níveis do sistema nervoso e causam respostas motoras apropriadas, começando na medula espinhal com reflexos relativamente simples, estendendo-se para o tronco cerebral com respostas ainda complexas e, finalmente, estendendo-se até o cérebro, onde são controladas as respostas mais complicadas. A medula espinhal não é apenas um mero conduto de sinais sensoriais para o cérebro ou de sinais motores do cérebro para periferia.

O fornecimento de informações para a medula espinhal sobre músculos e tendões, estabelecendo o comprimento, tensão e com que rapidez ocorre estas mudanças, possui a participação de dois tipos de receptores sensoriais:

* Fusos Neuromusculares

* Os órgãos tendinosos de Golgi

A porção do córtex anterior ao sulco central constitui a metade posterior do lobo frontal, está é devotada quase que inteiramente ao controle dos músculos e dos movimentos corporais. Uma porção importante desse controle motor é dirigida por sinais a partir das regiões sensoriais do córtex, que mantém o córtex motor informado das posições e movimentos das diferentes partes do corpo.

Nos reflexos podemos observar com precisão a ação dos sistemas, um estímulo sensorial cutâneo em um membro é capaz de favorecer com que os músculos flexores do membro se contraiam, de uma forma clássica este reflexo flexor é provocado mais poderosamente pela estimulação a terminações nervosas, contraindo músculos abdutores para tracionar o segmento para fora do estimulo. Ex: alfinetada ou calor. Ou, até mesmo um reflexo simples de coçar, implicando sentido de posição e o movimento de um outro segmento para efetuar o ato, que geralmente é aliviado pela geração de dor.

Reflexos Posturais Vestibulares: alterações súbitas da orientação de um animal no espaço, ajudam a manter o equilíbrio e a postura. Ex: animal cai subitamente para frente, os membros anteriores se estendem para frente, os músculos extensores se contraem e o pescoço enrijece para que o animal não bata a cabeça no solo.

Os reflexos são utilizados para determinar presença ou ausência de espasticidade muscular após lesão de áreas motoras do cérebro, ou da espasticidade muscular em doenças que excitam a área bulborreticular facilitatória do tronco cerebral. Geralmente, as grandes lesões das áreas motoras contralateral do córtex são causadas por derrames ou tumores cerebrais, causando reflexos musculares exacerbados.

Bibliografia:

GUYTON, a & Hall, J. E, Tratado de Fisiologia Médica, 1997

SPENCE, Alexander. Anatomia Humana Básica, ed 2ª.Ed Manole, 1991

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Macacos me mordam!!!

Macacos usam uma mão-cérebro virtual controlado para identificar a textura de objetos artificiais.


Susan YoungmonkeyMonkeys ter sido capaz de usar membros virtual para 'sentir' virtual objects.Katie Zhuang
Uma equipe internacional de pesquisadores desenvolveu um implante cerebral que permite que macacos para examinar objetos virtuais por meio de um braço virtual controlado por seu cérebro. O dispositivo representa o próximo passo para o desenvolvimento de próteses ou ternos robóticos que permitem aos usuários interagir com seu mundo sem depender inteiramente de feedback visual.
Os pesquisadores, liderados por Miguel Nicolelis, da Duke University em Durham, Carolina do Norte, inseridos eletrodos no córtex motor e córtex somatosensorial de dois macacos. O córtex motor é a região do cérebro envolvida na realização de movimentos voluntários, enquanto que o córtex somatosensorial de entrada de processos recebidos a partir de células no corpo que são sensíveis, entre outras experiências sensoriais, de toque.
Os macacos foram treinados para usar apenas o cérebro para explorar os seus objetos virtuais na tela do computador, movendo uma imagem virtual de um braço. Eletrodos no córtex motor registrado intenções dos macacos a mover-se e repassou a informação para o mundo virtual. Como a mão virtual passou objetos na tela, os sinais elétricos foram alimentados no córtex somatosensorial do animal, fornecendo feedback "tátil".
Em uma tarefa que envolve uma escolha entre dois objetos visualmente idênticos, os macacos foram capazes de distinguir entre um objeto de recompensa de produção, que foi associado a um estímulo elétrico, quando "tocado", e um objeto que produziu nenhuma estimulação elétrica, nem um deleite. Isso mostra que o cérebro é capaz de decodificar informações sobre o sentido do tato, sem qualquer estimulação da pele do animal, diz Nicolelis. Sua equipe relata seus resultados hoje, em Nature1.
"Nós não sabemos o que os animais percebido, mas era uma sensação de que foi criado artificialmente, ligando os dedos virtual para o cérebro diretamente", diz ele.A apreensão da realidade
Um grande desafio, dizem os autores, era manter a entrada sensorial ea saída motora interfiram uns com os outros, porque os eletrodos de registro e estimulando foram colocados no tecido cerebral conectado. Os pesquisadores resolveram o problema, alternando entre uma situação em que a interface cérebro-máquina-cérebro foi estimular o cérebro e um na atividade do córtex motor, que foi gravado, metade de cada 100 milissegundos foi dedicado a cada processo.
"Isso reforça algumas restrições sobre a troca de informações entre as áreas sensoriais e motoras", diz o neurocientista Stefano Panzeri do Instituto Italiano de Tecnologia em Genoa, que não esteve envolvido no estudo. Mas porque os animais aprendem a usar a informação, esse experimento mostra que o cérebro pode trocar informações mesmo sob essas restrições, explica.
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Esta comunicação bidirecional é um passo crítico no desenvolvimento de interfaces cérebro-máquina, diz Rodrigo Quian Quiroga, um neurocientista da Universidade de Leicester, Reino Unido, que também não foi envolvido no estudo. Anterior interfaces cérebro-máquina têm contado com o feedback visual, uma situação menos do que ideal para alguém tentando usar uma prótese robótica, diz ele. "Se você quer alcançar e agarrar um copo, feedback visual não vai te ajudar", diz Quian Quiroga. "É o feedback sensorial que lhe diz se você tem uma boa aderência, ou se você está prestes a cair."
Informação sensorial será um componente necessário do grande objetivo de Nicolelis e que do andar de novo projeto, um esforço internacional em que ele está envolvido: construir um terno exoesqueleto que pode restaurar a mobilidade para os pacientes que estão gravemente paralisados.
"Isso vai ser essencial para a aplicação clínica que queremos criar e testar nos próximos três anos", diz Nicolelis. Ele espera que, com a ajuda de colaboradores no andar de novo projeto, um terno impulsionado por uma interface cérebro-máquina será demonstrado na Copa de 2014 no Brasil, terra natal de Nicolelis, com o chute de abertura da bola a ser entregue por um jovens brasileiros com quadriplegia.