Subluxação no ombro hemiplégico
Após um Acidente Vascular Encefálico (AVE), a dor no ombro e a subluxação da articulação glenoumeral no lado afetado são achados relativamente comuns. A subluxação da articulação glenoumeral ocorre mais frequentemente durante a fase flácida Pós AVE. Acredita-se que durante a fase flácida, o tronco tende a inclinar-se para o lado hemiplégico. Isso acaba levando a uma depressão da escápula. Associado a esta inclinação do tronco, os músculos trapézio e serrátil anterior também se tornam flácidos, fazendo com que a escápula gire para baixo (aproximando o ângulo inferior medialmente), veja a figura abaixo. Sem o tônus normal, o manguito rotador não é capaz de manter a coaptação da cabeça do úmero na glenóideMas não é só na fase flácida que fatores biomecânicos influenciam a subluxação. Durante a fase espástica, o peitoral maior e menor, o rombóide, o elevador da escápula e o grande dorsal podem desenvolver hipertonia, as quais resultam em rotação da escápula para baixo, também causando a subluxação da articulação glenoumeral.
Olha só que interessante:
Em 1959, Basmajian & Bazant afirmaram que o músculo supraespinhoso impedia a subluxação do ombro ao aumentar a tensão horizontal da cápsula do ombro, segurando a cabeça do úmero em contato com a fossa glenóide (coaptação). A partir desta constatação singular, Chaco e Wolf observaram que a subluxação da articulação glenoumeral ocorreu em pacientes com AVE cujo músculo supra-espinhal não respondeu eletrofisiologicamente três semanas pós-AVE. Estes autores também observaram que mesmo com o retorno da ativação do músculo supraespinhoso, a articulação glenoumeral permanecia subluxada por cerca de oito semanas pós-AVE. Este estudo concluiu que a subluxação do ombro pode reduzir-se espontaneamente caso ocorra recuperação funcional motora significativa.
O mecanismo de recuperação parece ser relativamente simples. Apesar do estado de flacidez dos músculos da cintura escapular e também do alongamento da cápsula do ombro, a articulação glenoumeral pode se reaproximar com a recuperação motora.
Olha só que interessante:
Em 1959, Basmajian & Bazant afirmaram que o músculo supraespinhoso impedia a subluxação do ombro ao aumentar a tensão horizontal da cápsula do ombro, segurando a cabeça do úmero em contato com a fossa glenóide (coaptação). A partir desta constatação singular, Chaco e Wolf observaram que a subluxação da articulação glenoumeral ocorreu em pacientes com AVE cujo músculo supra-espinhal não respondeu eletrofisiologicamente três semanas pós-AVE. Estes autores também observaram que mesmo com o retorno da ativação do músculo supraespinhoso, a articulação glenoumeral permanecia subluxada por cerca de oito semanas pós-AVE. Este estudo concluiu que a subluxação do ombro pode reduzir-se espontaneamente caso ocorra recuperação funcional motora significativa.
O mecanismo de recuperação parece ser relativamente simples. Apesar do estado de flacidez dos músculos da cintura escapular e também do alongamento da cápsula do ombro, a articulação glenoumeral pode se reaproximar com a recuperação motora.
A figura acima é de um paciente com amiotrofia , mas serve para ilustrar a aparência de uma subluxação de glenoumeral à direita. A grande diferença entre este paciente e um hemiplégico devido AVE seria o fato de que um paciente com AVE apresentaria o ombro direito mais deprimido do que o esquerdo.
Percebam o sinal do sulco à direita, indicando o afastamento da cabeça do úmero da glenóide.
Percebam o sinal do sulco à direita, indicando o afastamento da cabeça do úmero da glenóide.
Eu gostaria de ter postado uma imagem demonstrando a rotação escapular associada a subluxação... se por acaso alguém tiver uma ilustração destas e quiser complementar a postagem basta me mandar por e-mail.
Muchas Gracias
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