quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Transferência do Solo para Bola Suiça

Ora Bolas . . .
As bolas suíças são um excelente recurso terapêutico. Com elas podemos treinar equilíbrio, força , coordenação e ajustes posturais de nossos pacientes. No caso do tratamento de crianças, ainda conseguimos incluir um componente lúdico em nosso trabalho.
Gostaria de compartilhar alguns rabiscos que ando fazendo para tentar ilustrar alguns manuseios utilizando bolas suiças em pediatria. De fato, espero algum dia escrever um livro ilustrado com as diversas possibilidades terapêuticas que a bola suíça é capaz de acrescentar na sessão de fisioterapia pediátrica.

Transferência do solo para a bola
Os desenhos abaixo referem-se a uma técnica utilizada para transferir do solo para a bola suíça bastante útil para ser utilizada em pacientes com mielomeningocele baixa ou paraplegia. No caso de crianças, trata-se de adicionar um pouco de brincadeira na sessão, além de estimular o sistema vestibular enquanto ela passa do solo para a bola. No caso de adultos é uma forma de transferir um paciente para a bola sem precisar da ajuda de outro terapeuta.
Devo avisar que este manuseio não é tão fácil quanto parece. Por isso recomendo que caso resolvam utilizar, que treinem em colegas antes de usar no paciente (Dê preferência às baixinhas e magrinhas. Depois d epeggar a manha da coisa tente em humanos de tamanho normal) .
Na figura abaixo, tem a posição inicial: Paciente sentado em long sitting com as costas apoiadas na bola (a terapeuta apóia a bola com as pernas pra ela não sair rolando). Você vai precisar de um espaço de mais ou menos 2 metros atrás de você, pois o manuseio exige o deslocamento rápido para trás. Verifique também se não tem nenhum obstáculo para não acabar em uma video cassetada. Como obviamente vocês vão treinar em uma colega antes de tentar no paciente, aproveitem cada tentativa e perguntem como a cobais se sentiu, em termos de conforto e segurança.
Na figura acima perceba o detalhe das mãos e cotovelos da terapeuta
Chamo atenção para o detalhe das mãos nas axilas: Os polegares devem ficar pra fora para não machucar, e cotovelos da terapeuta apontando para os lados – acreditem: isso faz toda a diferença entre uma transferência dolorida e uma transferência confortável.
Após ajustar a posição inicial, você conta até 3 e ao mesmo tempo que se desloca para trás em vários passos curtos, você traz a colega para junto de você fletindo os cotovelos e trazendo os braços para trás e para cima, até conseguir colocá-la sentada na bola (é sentado de verdade. Não vale deixar todo troncho não). No final trave novamente a bola com suas pernas e sempre com ao menos uma das mãos em contato com o paciente, passe para a frente dele e Voilá! Você já pode continuar o tratamento.
Na figura acima o detalhe fica por conta dos passos para trás ao mesmo tempo em que se traciona a criança para junto do corpo, em uma direção diagonal para trás e para cima.

Obs: Os passos devem ser curtos e rápidos, é mais ou menos como se você desse uma corridinha para trás
Na figura abaixo tem a ilustração de como o paciente se desloca no percurso. Percebam que é como se ele grudasse na bola e fosse rolado para cima.
Se você fez tudo certo, terá a sua colega sentada na bola ao final do manuseio (que dura mais ou menos 3 segundos). Se fez errado ela estará no chão rindo ou te xingando.

Pratiquem em casa ou no estágio até o colega não te xingar mais, e lembrem-se:
A prática leva a perfeição.

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